09/01/2009 - 10/01/2009 - OpinaMundos
Unknown

Insustentável Leveza do SER - O Eterno Retorno


Extraido na íntegra do blog Pequena Infante de Agatha Brandão:

Quando escrevi um post sobre a leveza do ser - e sua inconstância - descobri um interesse pelo livro " A Insustentável Leveza do Ser", uma obra deslumbrante, estou encantada. O autor, Kundera, apresenta abordagens filosóficas que me atrairam muito, entre elas, se destaca o princípio do Eterno Retorno de Nietzsche, que, por incrível que pareça, consegue resumir muitos conceitos que penso:

O Eterno Retorno

Kundera entrevê na noção de Eterno Retorno da filosofia nietzscheana a escapatória para o arrependimento que pode decorrer da escolha entre a leveza e o peso, o comprometimento e a liberdade pura. Kundera explica a idéia de Eterno Retorno no início do livro, no primeiro capítulo da primeira parte. Em linhas gerais, a idéia diz respeito à possibilidade das situações existenciais repetirem-se indefinidamente no tempo, por força de uma finitude das possibilidades frente a infinitude do tempo. O que parece um fundamento cosmológico vazio ganha implicações éticas imensas na perspectiva de Kundera: uma vida que desaparece não tem o menor sentido.

A própria história humana só é tratada com descaso pela própria humanidade por força de sua linearidade. Uma mentalidade educada sob a perspectiva de uma história cíclica, repetindo indefinidamente, dificilmente deixaria escoar no vazio a própria vida. O argumento do Eterno Retorno assume então uma face de "convite à vida", com suas alegrias e mazelas. De modo rasteiro, a idéia do Eterno Retorno convida o homem a fazer a vida valer a pena de ser vivida.

A teoria do Eterno Retorno, a ideia mais radical da filosofia de Nietzsche, apresentada pela primeira vez explicitamente no Zaratustra, é condição essencial para a superação do niilismo, a relação afirmativa do homem com a vida. Zaratustra quer superar a crença na oposição de valores.Dois aspectos da doutrina do Eterno Retorno:1) Doutrina Física/Cosmológica do Eterno Retorno: há um movimento circular do tempo e das coisas. Tudo volta a acontecer uma infinidade de vezes.

Com a ideia de Eterno Retorno, nesta acepção cosmológica, Nietzsche insurge-se contra a noção de um momento inicial do tempo afirmando a sua infinitude.2) Doutrina Ética do Eterno Retorno: a ética de Nietszche é uma ética imanente, diz respeito aos valores vitais (intensidade, força, potência) e não aos valores transcendentes e universais da moral (dever, Bem, Mal...).
Nietzsche valoriza a vida vivida intensamente, vivida ao máximo das nossas capacidades.No sentido ético, a doutrina do Eterno Retorno diz respeito à vontade humana: Se em tudo o que quisermos fazer nos perguntarmos se queremos fazê-lo uma eternidade de vezes, isso será para nós o mais sólido centro de gravidade.

Ou seja, tudo aquilo que quisermos, devemos querer que volte uma eternidade de vezes.Numa leitura do Zaratustra, este sentido ético deverá prevalecer sobre o sentido físico / cosmológico. Para Nietzsche é a Vontade de Poder que liberta o homem do niilismo passivo. O homem que é capaz de querer o eterno retorno de todas a coisas (das boas e das más) é o mais feliz dos homens, que já não vive atormentado pelo desespero do nada.

Devemos, então, viver como se tudo voltasse eternamente. Assim, se cada momento voltar uma infinitude de vezes, devemos vivê-lo o mais intensamente e alegremente possível. Amar a vida com o máximo de intensidade é o que Nietzsche entende por Amor Fati.

Assim, a ideia de um Eterno Retorno cosmológico deve ser entendida como uma mera metáfora, uma mentira poética, tanto mais que é fugazmente referida por Nietzsche em A Gaia Ciência e rapidamente desaparece da sua obra. Esta mentira poética serve para pôr em cena o pensamento ético de Nietzsche, o Amor Fati. Afirmar éticamente o Eterno Retorno é dizer: foi assim que se passou, assim eu quis.

Extraido na íntegra do blog Pequena Infante de Agatha Brandão:

Opinamundos:

Uma pergunta: Será que a vida neste planeta caído não é um mero e eterno dejavu? Onde estamos presos no feitiço do tempo, cuja chave libertadora - da roda das reencarnações como nós mesmos e não em outros corpos ou épocas - é apenas e simplesmente o AMOR?

Mas que tipo de AMOR? Amor a Deus (respeito as Leis universais de DEUS) e AMOR ao próximo, agindo com ele na mesma medida que queremos o nosso próprio bem. Jesus nos provou com sua vida e sacrifício que tipo de AMOR é este. A senha da FELICIDADE ETERNA e o Fim do Eterno Retorno.

Pensem nisso, pois ainda acho que podemos ser sábios e repetir menos o nosso retorno neste mundo caído.

Dicas de filmes que retratam esses loucos pensamentos:
1 - A Insustentável Leveza do Ser
(The Unbearable Lightness of Being)
ano de lançamento ( EUA ) : 1988
direção: Philip Kaufman
atores: Daniel Day-Lewis , Juliette Binoche , Lena Olin , Derek de Lint , Erland Josephson
duração: 02 hs 40 min
descrição
Um médico tcheco busca a liberdade sexual como forma de realização interior, mas sua utopia erótica é interrompida pela invasão soviética em 1968, que pôs fim à tentativa de liberalização do país. Dirigido por Phillip Kaufman (Os Eleitos) e com Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche e Lena Olin no elenco. Recebeu 2 indicações ao Oscar.

2 - Feitiço do Tempo
(Groundhog Day)
ano de lançamento ( EUA ) : 1993
direção: Harold Ramis
atores: Bill Murray , Andie MacDowell , Chris Elliott , Stephen Tobolowsky , Brian Doyle-Murray
duração: 01 hs 37 min
descrição
Um repórter de metereologia parte para uma pequena cidade a fim de cobrir um evento local, mas misteriosamente fica preso no tempo, repetindo sempre o mesmo dia. Com direção de Harold Ramis (Máfia no Divã) e Bill Murray e Andie MacDowell no elenco.

Alex Campos
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Unknown

Vi não me contaram

Numa terça feira besta

em uma esquininha besta

que montado numa Vespa

bestialmente deu de cheio numa Besta

Nunca vi morte tão besta...

by Alex Campos

Mais prudência aos motoqueiros. Jamais bestifiquem suas próprias vidas, principalmente quando dela, dependem muitas outras. Paz no trânsito!

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Unknown

Triste fim do amor

Início
Beijos longos, abraços e carícias incontáveis

Amor, sexo, os dois...Fluidos todos, fôlego animal
Nos conhecemos enfim?
Tanta ligação parece que sim...
Mais do mais e sempre mais
intimidade total?
mais do que normal
Mas o que houve??
Beijos nunca mais
Abraços nem pensar
Carícias e fluidos?? Agora só ruidos de dor...
Fim


by Alex Campos
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Unknown

Macaqueando


Macaqueando
(Dieno Castanho)

Dizia um macaco aos seus companheiros
sentados à sombra de esbeltos coqueiros:
"Espalham por aí estranho boato --
(mas eu não posso crer que seja fato)
-- de que o homem provém de nossa raça.
Que pavor! Que vergonha! Que desgraça!

Nenhum bicho que usa o nosso nome,
deixa a mulher e os filhos passar fome
e eu não sei de nenhuma mãe macaca
que desse aos filhos leite de uma vaca,
ou que para farrear com a macacada,
entregasse as crianças à criada.

Nenhum mono é capaz da bandalheira
de cercar um pé de bananeira
e depois de encher-se como um odre,
deixar que o alimento fique podre,
proibindo os outros monos de o provar
e obrigando-os assim a ir roubar.

Nenhum macaco força um companheiro
a trabalhar para ele o dia inteiro,
não permitindo que o coitado tome
o suficiente para matar a fome.
O homem tem caráter muito fraco --
não creio que descenda do macaco."
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