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Como os alemães bem definiram em uma
palavra, o zeitgeist (espírito da época) que está regendo a operação lava jato,
nos apresenta uma inegável realidade. No Brasil as leis e a justiça nunca foram
para TODOS.
A impunidade no Brasil, nunca foi por
falta de leis, pelo contrário, as temos até por demais. Elas estão aí, prontas
e eficazes para igualar todos nós, como manda toda república. Mas o que antes
era uma utopia, ver grandes corruptos presos e/ou punidos e de preferência fora
da política está incomodando e muito.
Porém o mais interessante nesse
processo inédito e avassalador (alavancado em grande parte pelas novas mídias
sociais) é ver que todos aqueles que se insurgem a esse zeitgeist estão caindo
por si só. Acuados como nunca estiveram à classe política reage e se
compromete. Eduardo Cunha queria capitalizar com o impeachment da Dilma, uma
anistia a seu favor, mas não adiantou, caiu e foi preso assim mesmo. Lula quer
prender Sergio Moro antes que o mesmo o prenda, mas vê a cada dia sua
popularidade se esvair.
Os plumados tucanos se escondem nesse
governo, porem estão prontinhos para abandona-lo na primeira esquina. Mas não
vai adiantar, eles todos estão na delação da Odebrecht. De Temer a Sarney o
PMDB também está todo enlameado.
E o Renan? É a bola da vez, e que
assim seja nesse grande processo forçado pelo povo de moralização da política
brasileira. Mas o fato é: não vamos nos iludir e nem criar outros semideuses da
moralidade, isso é perigoso também.
Toda onda e espírito precisam ser
provados e distinguidos. Até o momento a onda está varrendo quem merece, e isso
é justiça. Da mesma forma e até o momento, vemos luz no fim do túnel com esse
espírito.
Por último e para provar esse novo
espírito na sociedade brasileira. Descobrimos através da dor e da tragédia que
temos povos irmãos e solidários logo ali na Colômbia, sim, naquela tal de
América Latina que não fala inglês.
Pois é, nem tudo está perdido...
Alex Campos
04/12/2016