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Brics e a guerra na Ucrânia - A SOLUÇÃO DA GUERRA

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Brics e a guerra na Ucrânia: que posição tomar?

Tobias Käufer
29 de março de 2022

Há um bom tempo não se fala do grupo das nações emergentes. Mas após a invasão da Ucrânia pela Rússia e as consequentes sanções ocidentais, Brasil, Índia, China e África do Sul terão que decidir de que lado estão.



Há cerca de 3 bilhões de habitantes no assim chamado Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul), o que faz do grupo das economias emergentes tanto um gigantesco espaço econômico quanto uma grande potência política. Após a invasão da Ucrânia pela Rússia, os outros quatro Estados ganham um significado especial no contexto da nova ordem global de dependências econômicas e parcerias políticas.

Na qualidade de parceiros comerciais e fornecedores de matérias-primas, com seu posicionamento político eles podem ter uma influência decisiva no conflito. Por exemplo: o grupo teria a possibilidade de apoiar a Rússia com créditos.

"No momento, a posição do Brics é reservada, e ainda não há nenhuma coordenação política eficaz para reagir às sanções dos Estados Unidos e de seus parceiros mais próximos na Europa", comenta à DW Roberto Goulart, da Universidade de Brasília.

Isso se aplicaria a eventuais empréstimos pelo Novo Banco de Desenvolvimento (antes conhecido como "Banco do Brics"), instituição que acumula capital do mercado internacional a juros baixos, prossegue o professor. Porém os quatro Estados hesitam em "tomar posições políticas neste cenário de grande insegurança".

O diretor do Instituto de Comércio Internacional da Universidade Católica do Uruguai, Ignacio Bartesaghi, tem opinião semelhante: os demais países do Brics estariam numa fase de posicionamento: "Eles ainda não estabeleceram nenhuma estratégia clara. Certo está que estamos diante da formação de novas alianças, coalizões, parcerias geostratégicas."

Brasil e África do Sul: mais petróleo e gás

Larry Fink, diretor da administradora de investimentos americana Blackrock, crê que um desligamento prolongado da Rússia da economia mundial acarretará reviravoltas duradouras nas relações econômicas. Os países considerarão o tipo de dependências que se criariam, e como reduzi-las, e isso poderá causar um recuo mais rápido de determinados países, observou Fink numa carta aos acionistas citadas pelo jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung.

Sítios de produção no México, Brasil, EUA ou Sudeste Asiático podem se beneficiar desse fato. Brasília já partiu para a ofensiva: o ministro de Minas e Energia, Bento Costa Lima, anunciou que até o fim do ano corrente, a produção nacional de petróleo crescerá até 10%. Segundo ele, esta seria a contribuição do país para a "estabilização do mercado global de energia".

Também a África do Sul se encontra diante de uma decisão que pode definir seu futuro. Segundo a rede investigativa Amabhungane, diante da alta dos preços do gás natural e do aumento da demanda que se anuncia, o país precisa escolher seu parceiro num projeto bilionário com gás liquefeito.

Os candidatos são a petroleira estatal Socar, do Azerbaijão, e o Gazprombank, que pertence à Gazprom, enquanto a Shell anunciou que não concorrerá. Assim a Cidade do Cabo precisa agora decidir se fará negócios com a operadora de gás estatal russa, apesar da situação geopolítica internacional, e qual sua postura diante da invasão da Ucrânia.

Índia e China: influência política

Os negócios com a China e a Índia, contudo, devem ser bem mais importantes do que os com as outras duas economias emergentes. Apenas alguns dias atrás, o ministro russo do Exterior, Sergei Lavrov, recebeu os embaixadores dos integrantes de Brics. Na versão russa, a mensagem do encontro para a Europa e os EUA teria sido: Moscou não está sozinho.

No entanto os outros quatro Estados têm seus próprios interesses. Assim como o Brasil e a África do Sul, até agora a Índia teve ignorado o seu desejo de um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU. Segundo o jornal Washington Post, apesar das sanções ocidentais, o país teria começado a comprar petróleo da Rússia. Além disso, os bancos indianos estariam examinando um acordo entre as moedas rúpia e rublo.

Contudo, o principal fator de poder no espaço Brics segue sendo a China: já em 2006, quando a liga se formou, a potência mundial há muito já superara o status de "economia emergente", graças a sua força econômica e influência política. Os governos brasileiro, sul-africano e indiano estão observando atentamente como o país asiático se posiciona. Recentemente Pequim declarou que sua amizade com a Rússia "não tem limites".

Para se posicionarem abertamente, os países do Brics podem exigir do Ocidente uma recompensa, que pode ser, além da promoção dentro das Nações Unidas, influência e peso no Fundo Monetário Internacional (FMI) ou no Banco Mundial. Por sua vez, a China pode pressionar para ser aceita como mediadora no conflito, o que confirmaria sua ascensão na política mundial. 


OPINAMUNDOS (16/03/2022)

OS BRICS PRECISAM ENTRAR NA NEGOCIAÇÃO DA PAZ - RUSSIA E UCRANIA




O perfil heterogêneo do bloco politico/econômico do BRICS, composto pelos países (Brasil, Rússia, Índia, China e Africa do Sul) oferece importantes credenciais diplomáticas para a promoção da paz na região, atualmente em conflito (Russia e Ucrania)

Os presidentes Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky devem vislumbrar esse caminho. A fuga da negociação tradicional se faz necessária neste instantes de grande impasse, onde a visão e sanções ocidentais são mais predominantes. EM PREJUÍZO DO MUNDO TODO, PRINCIPALMENTE OS ENVOLVIDOS DIRETAMENTE NA GUERRA/CONFLITO. 

Como garantir a autonomia da Ucrânia, sua soberania, estando no meio do caminho (geopolítico) da Russia x OTAN (potências atômicas)? 

Por que não pensar a Ucrânia como uma nova Suíça do leste europeu? Neutra militarmente e forte economicamente. Uma zona neutra e franca, capaz de abrigar diferentes visões de mundo e sem perigos militares. Área autônoma, soberana e capaz de diversos acordos multilaterais com diferentes blocos políticos e econômicos.

Todos iriam se beneficiar com essa solução. Inclusive poderia servir de paradigma para resolução de novos conflitos mundo a fora.

Tal acordo precisa ter a participação da população num segundo momento. Pós reconstrução e armistício entre Rússia e Ucrânia. Uma revisão periódica do acordo/pacto/anistias deve ser feita através de plebiscitos estratégicos.

O BRICS assim como a ONU, OTAN e a União Europeia precisam repensar seus papeis na promoção da paz mundial e do desenvolvimento humano. Garantindo a livre iniciativa dos indivíduos, o respeito a soberania das nações e a autodeterminação dos povos. Por acaso, a constituição brasileira é um belo exemplo desse pacto. Sem falar da convivência pacifica entre diferentes povos que escolheram o Brasil para viver (inclusos Russos e Ucranianos - Judeus e Árabes, por exemplo). Que a diplomacia brasileira do governo Jair Messias Bolsonaro ofereça alguma proposta nesse sentido.

Fica aqui nossa torcida e prece pela paz entre os homens de boa vontade.   

Alex Campos 

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