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Sodades (Saudades) do PT
De inflação eu nem lembro
Dolar dois e seis (R$ 2,60)
Viajava sem medo
Mas veio o “mensalão”
E o “petrolão”
Roubaram tudo
E mandaram pra Cuba
Perdi o emprego
Dilma eu derrubei
Nem pensei duas vezes
De direita virei
Liberal eu não sei
Conservador
Um homem de bem
Mas se eu me estressar
Eu furo sinal
No vermelho
Veio à eleição
Lula/Haddad cruz credo
Ciro não empolgou
Glória Deux mais sincero
Mas a onda virou
Bolsonaro levou
Não sai do Twitter
Só arruma quizumba
E eu sem emprego
Brasileiro eu sou
Profissão esperança
Collor já me enganou
FHC duas vezes
Cai no Lula lá
Que filho Dilma mãe
Fiquei desiludido
E hoje só acredito
No parMITO
Collor já me enganou
FHC duas vezes
Cai no Lula lá
Que filho Dilma mãe, Dilma mãe
Dolar dois e seis (R$ 2,60)
Viajava sem medo
Mas veio o “mensalão”
E o “petrolão”
Roubaram tudo
E mandaram pra Cuba
Perdi o emprego
Dilma eu derrubei
Nem pensei duas vezes
De direita virei
Liberal eu não sei
Conservador
Um homem de bem
Mas se eu me estressar
Eu furo sinal
No vermelho
Veio à eleição
Lula/Haddad cruz credo
Ciro não empolgou
Glória Deux mais sincero
Mas a onda virou
Bolsonaro levou
Não sai do Twitter
Só arruma quizumba
E eu sem emprego
Brasileiro eu sou
Profissão esperança
Collor já me enganou
FHC duas vezes
Cai no Lula lá
Que filho Dilma mãe
Fiquei desiludido
E hoje só acredito
No parMITO
Collor já me enganou
FHC duas vezes
Cai no Lula lá
Que filho Dilma mãe, Dilma mãe
Comentário: A paródia "Saudades do PT - Só que não (#SQN)" tenta revelar com certo humor rasteiro (sem graça ou não, com voz de esquilo e cometendo o pecado grave de se utilizar da linda canção/hino Tears in Heaven - do mestre Erick Clapton, ao qual peço mil desculpas), como se comportou o eleitor médio nas últimas eleições presidenciais de 2018. Saudoso dos tempos áureos dos governos petistas (Lula e Dilma), onde vivíamos artificialmente um quase pleno emprego, preços baixos dos combustíveis, do dólar, o que facilitava viagens e muito consumo. Este mesmo eleitor se viu impactado pelos vários escândalos de corrupção e por consequência a decadência do partido, a quebra da economia e por último o seu próprio desemprego.
Decepcionado e revoltado com sua condição, este eleitor que antes simpatizava com os ideais progressistas, resolve dar uma guinada à direita. Passa a apoiar o impeachment da Dilma, se assume como conservador, não sabe se é um liberal, mas está convicto de que é um homem de bem. Daqueles que vez ou outra comete alguns deslizes sempre "justificáveis"...
Vindo as eleições de fato, o eleitor recém convertido ao antipetismo já sabe o que não quer. Rechaça de cara a candidatura fake de Hadad (é Lula) e não se empolga com as promessas duvidosas do Ciro Gomes.
Daciolo e o seu famoso bordão "glória a Deuxxx", vira atração mais hilária daquele pleito nas redes sociais. O eleitor até vê alguma sinceridade em suas palavras, mas nada além disso. Ainda sem um nome em quem confiar, o eleitor desiludido vê uma onda diferente se formando (nas ruas e mídias sociais) em torno de Bolsonaro (chamado de "mito" por seus seguidores mais fieis há algum tempo antes das eleições). O bolsonarismo mesmo com alguns exageros e alarmismos (fakes ou não), consegue ser a voz mais convicta e antagonista ao petismo, principalmente depois do atentado sofrido pelo candidato.
Bolsonaro vence, porém se comporta como se ainda estivesse em campanha. Segue o drama pessoal deste eleitor, ainda desempregado ou na informalidade, e da economia do país que não decola, por conta dos constantes erros e interesses escusos da classe política como um todo, não apenas do presidente atual. Por último, nosso personagem revela em retrospectiva todos as barcas furadas que o país já entrou, desde a redemocratização e o retorno das eleições diretas para presidente: Collor, FHC, Lula e por último a Dilma.
Golpista? Reacionário? Tosco? Massa de manobra? Ou apenas patriota? Sim, o eleitor médio em geral não é um militante cego e nem necessariamente podemos cobrar dele qualquer coerência ideológica. O homem comum, navega pelo cotidiano, preocupado com o seu bem estar imediato e de sua família, não lhe interessando quem ou como se resolverá essa crise.
Interessa-lhe seguir sua a vida ordinária (dia a dia) sem sobressaltos. A política só passa a ser preocupação cotidiana, no momento em que ela, a política, está em grave crise moral e por consequência a grave crise econômica não mais resolve o que é básico. O homem comum prefere a unidade, porém a política segue querendo capitalizar com a fratura ideológica que eles mesmos criaram, sem de fato o ser. Vide a última aliança espúria que a democracia nos ofertou: PT e PMDB (sócios em muitas jogadas de corrupção).
Sem querer seguimos divididos e decepcionados, porém felizmente ainda crentes com a solução democrática de errar e acertar no voto. Que o voto e a democracia sigam sendo o melhor caminho para a vida do homem comum...