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Ele gostava de ouvir estórias e histórias também. As estórias sempre eram melhores, porque permitiam a ficção, o conto, a fábula, a parcialidade dos fatos, a visão de um lado apenas da moeda... Já as histórias lhe provocavam, porque eram reais, factuais e de pluri-visões...
É engraçado o ser humano, dizia ele:
- Contam tão bem as estórias de suas vidas, com tanta carga dramática e propriedade, ora se fazendo de vítimas das circunstâncias, ora como justiceiros e/ou donos da Verdade Absoluta... Mas fogem, como feras acuadas quando a história real lhes afligem ou atacam seu mais nobre EGO... Por outro lado, há que se considerar que muitas vezes a história pode estar sendo escrita ou interpretada, pelos vencedores, e desta forma, pode se tornar tão tendenciosas quanto as estórias banais da vida cotidiana... Vencidos e vencedores sempre haverá, e em qualquer boa estória ou história, a questão central será como absorvemos elas, independente do papel que nos propomos ser, diante os fatos... Imparciais é que nunca seremos, da mesma forma o outro também não o será.
Seus pensamentos viajavam enquanto concatenava a importância das Estórias e da História, mas via beleza e amarguras em ambas...
Independente desses devaneios torpes, a verdade é que sua vida seguia baseada em fatos previstos, construídos, sonhados e imaginados... Fatos confirmados ou não pelo acaso, sorte, trabalho competente ou fracassado mesmo... Fatos sempre verídicos ou convertidos como tal... Seguia o fluxo como qualquer vida normal e real, o resto eram pontos de vistas...
Alex Campos (Crônicas quase Cômicas)
Alex Campos (Crônicas quase Cômicas)