Continuar lendo
Os primeiros manifestos sobre a campanha:
1) Senador Marco Marciel
"Prezado Senhor
Incumbiu-me o Senador Marco Maciel de agradecer seu e-mail e parabenizá-lo pelo exercício de cidadania. Se depender do Senador Marco Maciel não será efetuado nenhum aumento de carga tributária que tanto penaliza nossa sociedade. O sucesso da estabilização econômica e fiscal conquistada pelo povo brasileiro, após a implantação do Plano Real, tem permitido sucessivos recordes de arrecadação que deve ser revertido para que os preceitos constitucionais sejam observados, com relação à saúde, educação, segurança, infra estrutura, etc. Não há razão para que a decisão soberana dos Senadores, com a derrubada da CPMF seja questionada, com a proposta de criação de novo imposto.
Cordialmente,"
Nilson Rebello
Chefe de Gabinete
Opinamundos:
Agradeço a pronta resposta do ilustre senador, ex-Vice-Presidente da República, Marco Marciel, na pessoa de seu Chefe de Gabiente o Sr. Nilson Rebello. Óbiviamente que o Senado Federal deverá ratificar sua decisão de extinguir o chamado "imposto eletrônico", seja qual sigla ele tenha. Porém, é fato que assim como o voto eletrônico, veio reduzir drásticamente as fraudes eleitorais, o conhecido e mal falado, imposto eletrônico, não foi de um todo o grande vilão dos impostos, pelo contrário ajudou o Estado a detectar muita sonegação fiscal e crimes diversos.
É bem da verdade que a CPMF, foi o primeiro ensaio dos impostos eletrônicos, que deveria cuminar no debate do Imposto Único, mas os interesses da elite política/empresarial ainda não conseguiram convergir para esta brilhante idéia, defendida com vigor pelo ex-deputado federal Marcos Cintra (http://www.marcoscintra.org/politica/deputado/index.asp). Não vou aqui, me alongar em tentativas de entender tanto retrocesso, mas a modernização do Estado brasileiro perpassa por mecanismos mais simples e eficazes de tributação e retorno em serviços e acessos, sem receios e corporativismos que só fazem abrir um abismo social entre os "iguais" filhos da pátria mãe gentil.
Portanto, a luta continua a favor do Programa Universal de Transferência de Renda Direta, como forma de garantir a complementação de renda daqueles que só sabem ouvir falar que são cidadãos brasileiros, que vivem num pais de riquezas naturais, mas vivem a mingua em filas intermináveis do SUS; que andam como "sardinhas enlatadas" em sistemas de transporte devasados; que acreditam ser o Bolsa Família é uma "bênção"; que escutam pelo noticiário aumentos voluptuosos de certas castas brasileiras, em detrimento de míseros aumentos do salário mínimo, que só não podem ser maiores, porque criariam um rombo nos cofres públicos e quisá uma hiperinflação instantânea.
Por favor senhores cidadãos e cidadãs deste meu Brasil, se puderem responder:
=> Você acha que recebe o que realmente faz por merecer?
=> Porque, em algumas autarquias e setores da econômia os bonûs salariais são fartos (14º, 15º, 16º... salários) e isso não abala a inflação?
=> Você acha que devemos trabalhar 3 turnos para conseguir um salário mínimamente descente?
=> Você acredita piamente nesta frase: "Pra ganhar dinheiro tem que ser empreendedor". Quer disser que todos devem ter esse dom, para ser feliz e ganhar dinheiro?
=> Certa vez ouvi de um colega de profissão que: "Pobre não serve nem para ser explorado". Será? Seria ótimo, se não servissem mesmo. Talvez essa afirmativa defenda a inclusão ao invés da exclusão. Mas pelo visto no Brasil, o pobre e a pobreza servem e muito para ser explorado, iludido e contido como bois mansos que até sabem a força que tem, mas nunca reagem.
No mais agradeço ao ilustre Senador pelo esforço em defesa dos interesses da nação e de seu nobre povo.
Alex Campos de Souza, Sociólogo Ms.