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A decepção amorosa havia sido grande. Num momento de fraqueza, aquele homem, sempre pacato e defensor da moral e dos bons costumes, afogou todas as suas mágoas num barzinho chinfrim. Como nunca havia bebido na vida, com poucas doses o mundo girava velozmente em sua cabeça. Quando já pensava que tudo estava perdido, eis que surge uma beldade de outro mundo aos seus inebriados olhos. Seu coração disparou e mesmo cambaleante se aproximou sem vergonha alguma do seu novo affair:
- Só posso estar apaixonado, você é lindíssima! Que pernas você tem! Já me vejo casando contigo... – era um rosário de elogios às vezes sem nexo dado o alto grau de embriagues. – Puxa nem me apresentei, meu nome é Elviro de Freitas, vendedor ao seu dispor!
- Nooossaaa coincidência, Elviro de Bruços, entregador, me chama que eu vô! – Responde toda serelepe.
A partir daquele dia Elviro nunca mais ousou beber.